Alguns poemas curtos

No dia em que eu for embora,

Quero ir sem nada

E deixar de lado todo esse peso

Guardado numa mala,

Que deverá ser jogada do alto de um precipício

Até que exploda e meus problemas morram

Junto comigo





Lentilhas não me atraem.

O meu negócio é feijão

Preferencialmente com arroz

E entupido de farinha

Acompanhado de um peixe bem frito

Que é pr’eu não esquecer da infância





Ontem à noite voei sozinho.

Não que já tenha voado acompanhado

Mas queria registrar a informação

Caso alguém queira saber



Talvez eu esteja

Pegando o jeito de escrever

De novo

Ou talvez eu seja horrível

E não saiba escrever bem

Assinado,

Um ovo





Perdoem-me a indisposição

Mas é que hoje eu acordei triste

E a tristeza já tomou conta de mim

Em tal medida

Que eu já não sei ser outra coisa

Só sei ser triste,

E ocasionalmente chato

(Às vezes ambos)





Escrevo poemas curtos

Porque não sou maratonista

De poemas longos





Hoje acordei chorando

E só percebi por que

Quando lembrei

Que você morreu





Londres é cidade bonita,

Parece com Londrina

Mas tem um jeitinho de Salvador



Eu quase sempre penso

Em frases de efeito.

Me pergunto por que,

Mas eu não sei por que.

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